“Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta”
Carl Jung
Você sabia que as mandalas encontradas na natureza (flores, por exemplo) ou feitas por nós são projetadas para nos libertar das preocupações e favorecem a concentração no momento presente? Mandalas são poderosas ferramentas de relaxamento que nos conectam e harmonizam com o universo, através das formas e cores, trazendo mais equilíbrio para as nossas vidas.
Segundo o dicionário Junguiano (Editora Vozes), o termo é masculino, embora no popular apareça sempre como feminino. Em sânscrito, significa o círculo, um um espaço que delimita o sagrado e o profano por meio de figuras, sejam desenho, pinturas, modelo, flores, são rituais que expressam a totalidade do ser. Mandalas estão presentes no budismo tibetano, nos mosteiros, nos contos de fadas e na alquimia. Jung usou primeiramente para tratar pacientes com esquizofrenia, pois as figuras desenhadas pelos pacientes expressam partes inatingíveis do inconsciente. Nise da Silveira , no Brasil é a grande especialista no assunto, tratando pacientes com distúrbios mentais. Depois deles, a prática se estendeu para os consultórios como importante instrumento para autoconhecimento e individuação. Para Jung, elas oferecem toda uma gama de simbologias que estão ligadas diretamente com os processos da fantasia, dos desejos, das motivações do inconsciente do indivíduo que a representa.
Você já pensou que pode fazer uma mandala para sua casa? Com flores, com tecidos, com papel ou outros materiais, como um exercício para acalmar a mente e eliminar o estresse. Entre os benefícios da técnica estão proporcionar equilíbrio, serenidade, mais concentração e atenção plena, além de deixar a criatividade fluir. Vamos experimentar?
(Fotos Maria Celia de Abreu, coordenadora do Ideac)