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Folia de Carnaval – Não vamos nos recolher

Suely Tonarque (*)

Estar vivo, relembrar o nosso passado guardado na caixa das memórias é resgatar experiências significativas; ou seja, vivenciadas pelo nosso corpo físico e psíquico, pois a natureza humana tem um passado (memória) presente e um futuro que viverá, um presente que vive e o passado vivido (com ou sem emoção!).

Com a proximidade do carnaval, surgem as recordações, as marchinhas antigas que eu cantava, pulava com minhas irmãs, primos, amigos… cheia de alegria e divertimento! Uma festa popular que durava apenas 4 dias e que, quando terminava, já começava a contagem regressiva para o ano seguinte. Assim foi um tempo de folias, idade jovem: 15, 16, 17, 18, 19 e 20 anos – período alegre com direito a fantasias, lança-perfume e canto:

  • As pastorinhas (Noel Rosa e Braguinha, 1934)
  • Pierrot apaixonado (Noel Rosa e Heitor dos Prazeres, 1935)
  • A jardineira (Humberto Porto, (1938)
  • Confete (Francisco Alves, 1951)

… pedacinhos de confete que abriram alas para eu passar e apaixonada como uma lua tonta com tamanho esplendor de tantos risos e alegrias a camélia… – Saudades do tempo vivido com o passado que jamais será vivenciado de novo, mas que me torna viva com histórias para recontar e ressignificar a beleza e a importância desse tempo cheio de amigos que conheci, com quem vivi e aprendi.

Envelhecer é isso: é resgatar, pelo viés das recordações, as emoções vividas, dando cores, sabores e saberes no presente, criando, buscando, desafiando novos prazeres, apesar de o corpo não acompanhar, não vamos nos recolher: – “vocês sabem onde tem um baile de carnaval?”

Ô Abre Alas

(Chiquinha Gonzaga, 1899)

Ô abre alas que eu quero passar

Peço licença pra poder desabafar

A jardineira abandonou o meu jardim

Só porque a rosa resolveu gostar de mim

A jardineira abandonou o meu jardim

Só porque a rosa resolveu gostar de mim.

Ô abre alas que eu quero passar

Peço licença pra poder desabafar

A jardineira abandonou o meu jardim

Só porque a rosa resolveu gostar de mim.

A jardineira abandonou o meu jardim

Só porque a rosa resolveu gostar de mim

Eu não quero a rosa

Porque não há rosa que não tenha espinhos

Prefiro a jardineira carinhosa

A flor cheirosa, e os seus carinhos.

Ô abre alas que eu quero passar

Peço licença pra poder desabafar

A jardineira abandonou o meu jardim

Só porque a rosa resolveu gostar de mim

A jardineira abandonou o meu jardim

Só porque a rosa resolveu gostar de mim.

Ô abre alas que eu quero passar

Peço licença pra poder desabafar

A jardineira abandonou o meu jardim

Só porque a rosa resolveu gostar de mim

A jardineira abandonou o meu jardim

Só porque a rosa resolveu gostar de mim.

Ô abre alas que eu quero passar

Peço licença pra poder desabafar

A jardineira abandonou o meu jardim

Só porque a rosa resolveu gostar de mim

A jardineira abandonou o meu jardim

Só porque a rosa resolveu gostar de mim.

Eu não quero a rosa

Porque não há rosa que não tenha espinhos

Prefiro a jardineira carinhosa

A flor cheirosa

E os seus caminhos.

(*) Suely Tonarque é psicóloga, gerontóga e especialista em moda no envelhecer

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Jader Santos Andrade
Jader Santos Andrade
9 dias atrás

Também já fui folião, de dançar a noite toda ! Passou. Mas também olho com alegria para aquele tempo!

Tatiana
Tatiana
9 dias atrás

As lembranças lindas nos acompanham nesse texto gostoso, querida Suely. As letras das músicas me fizeram cantar!!!

Irene Ravache
Irene Ravache
9 dias atrás

E lança perfume! Quando eu era pequena, tenho uma foto fantasiada de grega???, ( assim dizia minha mãe), nos jardins do Lido, em Copacabana, segurando toda feliz uma garrafinha dourada de lança perfume! A gente brincava espirrando uns nos outros nas pernas e nas costas! Os pais compravam junto com serpentina e confete! Ninguém pensava em cheirar, lembro de anos mais tarde, mamãe e eu ficarmos chocadas quando descobrimos o outro uso daquilo que consideravamos apenas um brinquedo de Carnaval. E o Lido era uma praça bonita, em frente à praia, segura, sem grades. Também as famílias acompanhavam os Blocos pelas ruas ! Uma vez fui ao Sambódromo. Ver a Bateria da Mangueira passar e a ala das baianas é uma emoção! Experiência única! Única mesmo, uma vez foi suficiente, pelo menos para meu marido e eu. Hoje Carnaval, só pela Tv. Ou nos bailinhos do Ideac!

Marli Corrales Henriques
Marli Corrales Henriques
9 dias atrás

Que texto gostoso de ler!
As musicas, as fantasias, as alegrias, tudo sai da caixa das memórias!
Parabéns Su Querida!

dearaujolucy@gmail.com
dearaujolucy@gmail.com
9 dias atrás

Que gostoso relembrar. Verdade, já fomos moços e brincamos Carnaval de dos anos 60. Com Bailes animados, músicas que decoravamos e cantávamos enquanto pulavamos!
Obrigada, Suely de trazer boas lembranças. Parabéns o texto está um jardim florido

Edna Nyenhuis
Edna Nyenhuis
6 dias atrás

Parabéns Sueli, fortalecendo nossa longevidade sempre!!! Abçs

Francine Forte
Francine Forte
6 dias atrás

Hoje, no almoço em familia e amigos, vimos fotos, narramos momentos gostosos e engraçados das varias fases do carnaval; melhor, várias fases nossas na época do carnaval. Valem a folia, os adereços, as cantorias, o perrengue dw desfiles em blocos ou avenidas e sermos filmados, fazendo graça ou tentando levar o samba no pe. Resgatei algumas fotos de comissao de frente la em Minas Gerais, quanta graça envolvida nos aramados e caleidoscópuo do tempo. Valeu Suely – ler o seu texto e poder relembrar tambem
de momentos tao vibrantes que nao param – se vestem de outros movimentos e se resignificam em ouyros muitos tons. Gratidão

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