A cada segundo, duas pessoas ficam idosas no mundo, segundo a ONU, e o idoso, normalmente de uma forma natural, tem o declínio da imunidade fisiológica. Nessa população aumenta a prevalência das doenças infecciosas, inclusive o coronavírus, como explica a geriatra Maísa Kairalla, Presidente da Comissão de Imunização da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, que falou sobre estas questões com exclusividade ao Ideac.
Segundo dados divulgados pelo Comitê Nacional de Saúde da República Popular da China (de acordo com o G1), a idade média das vítimas é de 75 anos e a maioria das vítimas tinha problemas de saúde anteriores, como cirrose hepática, hipertensão, diabetes e doença de Parkinson.
Se as pesquisas apontam a maior vulnerabilidade e complicações com mortalidade entre os idosos, a geriatra explica que as causas não são diferentes de outras doenças. “O envelhecimento natural do organismo dos idosos os deixam mais vulneráveis a doenças infecciosas, entre elas a do coronavírus. Claro que varia de pessoa para pessoa, mas de maneira geral os pacientes mais doentes são os que mais sofrem, como os diabéticos, os que têm doenças cardíacas crônicas, os pacientes com doenças pulmonares e os pacientes tabagistas, esses últimos por terem o pulmão como um órgão mais susceptível à pneumonia de modo geral”.
As medidas preventivas indicadas pela médica incluem cuidar muito bem da saúde, se manter hidratado e evitar locais fechados. “É um vírus altamente contagioso e rápido. Quando se fala de uma epidemia, a mortalidade é sempre maior nos extremos, que são as crianças e os idosos. Por isso que continuamos recomendando sempre a vacinação contra o vírus Influenza, da gripe, para proteção dos idosos, que é gratuita no Brasil”, ela conclui.
E como não existe vacina contra os coronavírus, para reduzir a chance de contaminação a Anvisa recomenda evitar o contato com pessoas doentes, lavar com regularidade as mãos por pelo menos 20 segundos, utilizando água e sabão, e evitar tocar nos olhos, no nariz e na boca.