Maria Lucia Di Giovanni (*)
Uma das mais distantes lembranças que tenho da infância é de minha avó com o ferro de passar aquecendo os lençóis para que eu pudesse me deitar na cama quentinha num inverno de noite gelada… Isso foi lá pelo início dos anos 50 do século passado…
Sua lembrança me aquece até hoje!
Que amor é esse?
Ser avó não se explica… Acontece…
Acontece com a força definidora da vida que recomeça mais uma vez e com as mesmas etapas. A notícia da gravidez e de que, portanto, agora eu estaria no lugar da avó, a ansiedade do parto que de repente se desfaz com a notícia… nasceu!!! O cansaço, as inseguranças e aprendizagens dos primeiros meses… vivendo e aprendendo de novo… O lugar de mãe ganha nova dimensão e se refaz como um porto seguro. O lugar de avó chega com a possibilidade da redescoberta no sorriso do neto.
A vida recomeça no momento em que já somos maduros o suficiente para identificar o tamanho da aventura que é a vida, a importância das emoções e dos amores que toda a família experimenta.
Olhar nos olhos do meu neto e identificar ali a força de um vínculo ímpar é um presente da vida. Dá quase para sentir de novo os lençóis quentinhos da minha avó!…
(*) Maria Lucia Di Giiovanni, educadora e cientista social
Maria Lúcia, , mesmo sendo avô e sem minha parceira, a avó, há 25 anos, sinto orgulho de minha vovozidade e da troca afetiva com eles!
E tem que se orgulhar mesmo Martinelli, abraços
Se percebe que você é muito familia
Maria Lucia vc me trouxe lembranças deliciosas de ser avó, embora não ter tido avós. O texto entrou suave e carinhoso. Delicia!
Obrigada Tatiana pelo elogio merecido para Maria Lúcia, o texto é isso mesmo, o que ela é. Abraços
Saudades da vó Olga e de você. Texto lindo .
Obrigada Lícia, pelo retorno. Abraços
Maria Lucia amei seu texto, da cama quentinha, do afeto que aquece.
Muito lindo
Parabéns
E você também deve ter se reconhecido nele Marli, uma avó muito especial. Abraços
Muito gostosa sua lembrança! Quanto afeto no gesto de sua avó . Me levou a buscar as lembranças quentinha que guardo no coração .
E você como avô maravilhosa que é também já deixou lembranças quentinhas para suas pequenas. Abraços
Maria Lúcia, amei ler seu texto, me trouxe recordações remotas de minha avó parte a. Fazia uns bolinhos de araruta, fritos para tomar com café. Sinto até hoje o cheiro bom e o sabor inigualável dos charutinho. Parabéns amiga, não sou avó e aprecio as histórias das avós.
E você, Lucy, que lembranças deixa para seus sobrinhos netos? Apostamos que ótimas também. Abraços
O Joaquim bem aproveita o calor que lhe aquece: colo amoroso da vovó ! Que bonito Maria Lúcia! Vida se perpetuando!
E uma vida embalada por todo esse carinho de uma avó amorosa e acolhedora. Abraços