Maria Celia de Abreu (*)
A Organização das Nações Unidas (ONU) sentiu necessidade de chamar a atenção para a importância dos velhos no mundo e, por isso, estabeleceu 1º outubro como o Dia Internacional do Idoso. Ele é comemorado desde 1991.
O objetivo é ressaltar as realidades do envelhecimento, refletir – e, claro, encaminhar medidas práticas – sobre os direitos e as necessidades dos idosos, muitas vezes obscurecidos por conceitos que não são verdadeiros. São questões relativas à saúde física e emocional, ao direito de ir e vir, ao convívio com familiares e outros grupos, sexualidade, moradia, educação, lazer, sonhos, prazeres, dignidade, segurança, autonomia x dependência, cuidados, aposentadoria, entre muitas outras.
O Ideac compactua com a ONU quanto à criação do Dia Internacional do Idoso. O Ideac se empenha em conhecer o que as Ciências já estabeleceram sobre o envelhecimento, bem como o que a Filosofia já disse a respeito; em manter reflexões constantes, integrando esses conhecimentos com experiências individuais; e em divulgar essa produção intelectual através de veículos diversos, com ênfase, graças ao isolamento social dos últimos tempos, nos meios digitais. Os participantes do Ideac estão constantemente revendo valores e crenças, e adequando a eles os seus próprios comportamentos.
O combate ao idadismo, por exemplo, é um assunto recorrente. Achamos imprescindível entender a razão de haver tantos estereótipos negativos em relação ao envelhecimento, em que eles são prejudiciais, e como eliminá-los. É uma batalha a ser vencida a longo prazo, mas estamos convencidos que empenhar-se nela vale a pena.
O Dia Internacional do Idoso tem importância para as organizações sociopolíticas, e também para as pessoas individualmente. De um ponto de vista amplo, ele mobiliza os setores da sociedade para que tomem providências de políticas públicas que favoreçam o grupo etário dos velhos. De um ponto de vista individual, é a oportunidade para que cada um a seu modo, inventando e criando, celebre com alegria os idosos que lhe são próximos, demonstrando todo o carinho, respeito, admiração e atenção que merecem.
(*) Maria Celia de Abreu é psicóloga, coordenadora do Ideac e autora de “Velhice, uma nova paisagem”
foto Luís Fernandes