(*) Maria Celia de Abreu
Não há indicação possível para um casamento ser satisfatório e duradouro. Cada pessoa, cada casal, cada situação pede condições diferentes. O que é bom para um não precisa ser bom para outro. Fórmulas não funcionam!
O que de melhor se pode fazer é alinhar alguns pontos que vão ajudar a ampliar o autoconhecimento, dar uma base para a pessoa refletir e depois tomar decisões. Não são soluções.
Em primeiro lugar, há quem sinta o casamento tradicional como uma perda de liberdade; esse é um valor prioritário, está no topo da sua lista de valores; é insuportável viver sem ser livre. Ora… vamos combinar: não há nada de errado com essas pessoas!
Outras já percebem que não gostam de ficar sozinhas; têm necessidade de compartilhar, de dividir, de ter companhia, e essa necessidade é mais forte do que a de ser livre. Vamos combinar de novo que com estas pessoas também não há nada de errado!
imagine-se no futuro; você chega em seu apartamento, à noite; entra; suas chaves jogadas sobre uma mesinha fazem o único barulho que corta o silêncio; o apartamento está às escuras, você acende as luzes; ninguém vai aparecer, porque só você mora nele.
Essa situação imaginada… gera mal estar, angústia, desespero? Invista suas energias em encontrar um companheiro/companheira com quem dividir seu espaço!!!!… Ou… ela gera paz, prazer, alívio, liberdade? Claro que você pode ter um companheiro/companheira… mas… pense bem quais as condições de que você precisa para esse relacionamento ser gratificante!!!…
As pessoas tanto podem se ater às normas tradicionalmente aceitas para formar um casal modelo, como podem encontrar regras de convivência que funcionam para elas, e talvez não funcionem para outro casal. Sofrerão pressão de indivíduos ou de grupos, ouvirão críticas, mas… por que não ser criativos? Ao longo do tempo, o peso da gratificação trazida pela convivência provavelmente será maior do que das dificuldades que tiverem que enfrentar.
Há, portanto, dois pontos extremamente importantes para que decisões de vida sejam acertadas: um é o autoconhecimento; o outro é estar atento para não se submeter a preconceitos que empobrecem as opções de relacionamento. Há, ainda, outras características que estão presentes na maioria dos casamentos satisfatórios e duradouros; são, portanto, situações aconselháveis, mas não mais que isso.
Via de regra, é preciso que alguns valores fundamentais sejam compartilhados por ambos; hábitos, preferências, costumes, comportamentos podem ser até diametralmente opostos entre o casal; apesar de parecerem importantes.
(*) Maria Celia de Abreu é psicóloga, coordenadora do Ideac e autora do livro “Velhice, uma nova paisagem” (Ed.Summus)
Foto – FrankyFromGermany/Pixabay
Excelente reflexão ! Bom pensar a respeito !
Olá Cleide, obrigada pelo retorno. Abraços
Há mais variáveis afetando um
Casamento do que peças em um BOING!
Ambos balançam. Alguns caem!
Ótima comparação Martinelli, por isso é importante tomar todas as providências e cuidar muito bem. Abraços