Por Cleide Martins (*)
Percebi um certo estranhamento, por parte de pessoas próximas, e eu mesma me questionei, quando me matriculei em alguns cursos de marketing digital. “É uma coisa para especialistas que gostam disso e sabem fazê-lo”, observou um amigo; “mesmo se esforçando, você nunca chegará ao resultado almejado” …
Será que vale a pena tanto esforço? “Acho que deve ser coisa só para os jovens “… “burro velho não pega a estrada” … diziam as vozes endiabradas dentro de mim.
Mas, esse meu amigo tinha suas razões. Não sou comerciante, não sei vender. Nem pretendo. Meu “negócio” é outro, não vai ser agora, quase aos 70 anos que vou mudar, pensava… Tenho formação e alma de educadora e sinto um prazer enorme em aprender. Bem como sinto necessidade de compartilhar as informações em que acredito.
Sou muito privilegiada por fazer parte do grupo de estudos sobre o envelhecimento do Ideac: nossos momentos semanais de reflexões e aquisição de conhecimentos me são sagrados. Entre as muitas coisas que aprendi, está a necessidade de alimentar o cérebro com novidades e desafios para vivenciar um envelhecimento saudável e pleno.
Não fiz cursos de marketing digital para me tornar “marqueteira”, mas para conhecer o que está acontecendo numa área do mundo que para mim é totalmente nova. Foi dificílimo, mas aprendi muito. Por exemplo, o vocabulário, quase que uma língua nova; formas diversas de estabelecer comunicação com outras pessoas; e muitos outros detalhes. Foi extremamente interessante observar os palestrantes, até então totalmente desconhecidos para mim, muito jovens, muito competentes, apaixonados pelo que fazem, vibrando num ritmo rápido e cheio de energia. Foi delicioso o esforço consciente para inverter posições e ser a aprendiz.
Agora, ando até questionando o velho conflito: educação não combina com comércio. Talvez não seja tão verdadeiro assim. A educação que o Ideac proporciona tem um conteúdo ótimo; a qualidade de seus cursos e eventos, em torno do tema do envelhecimento, é excelente e rara. Já entendi que não serão muitas as pessoas que irão consumi-los, uma vez que representam uma novidade e exigem um envolvimento. Constatei que poucas pessoas se dispõem, como eu fiz, a vencer os desafios de compreender o que é marketing digital… porque aprender profundamente é difícil!
Mas, acredito que é uma missão importante convidar os corajosos, que estão espalhados por aí, para os cursos do Ideac; estou elaborando e ruminando as dicas de marketing que aprendi para, com tranquilidade e realismo, sendo fiel à minha identidade, e ao jeito de ser do Ideac, disseminar o que temos para oferecer. Quem sabe até surgirão colaboradores?
Que venham os estranhamentos… estou me divertindo e meu cérebro está super turbinado!
Agradeço aos amigos sinceros e provocadores, principalmente ao Ideac, por essa rica experiência.
(*) Cleide Martins, Pedagoga, quase 70 anos, integrante do Grupo de Reflexões do Ideac
Muito bom o texto, independente dos puxões de orelha sobre a atenção que os velhos devem dar ao novo, valeu pela reflexão da experiência pessoal que, fatalmente me levam a pensar sobre a minha experiência ao ler o artigo, e é essa reflexão que penso faltar quando se escreve sobre o novo na velhice.
Parabéns tia… Muito orgulhosa de você. Sempre surpreendendo. Não é a toa que sempre me inspirei em você. Continue assim. Te amo. Luciene
Incrível a fala! Como alguém estranha a vontade de aprender coisas novas, de nossa profissão ou de novas? Deliciosa fala sua Cleide, animadora, incentivadora, gratificante! Amei, parabéns, continue sempre nos beneficiando com seu conhecimento e ensinamentos!!!
Muito bom mesmo! O texto toca diretamente nosso sentimento de valorização da vida e estimula o desejo de extrairmos o máximo dessa experiência incrível. Beijos
Parabéns querida, brilhante como sempre, te admiro demais pela ,audácia ousadia , e estar sempre se reinventando, bjs no coração, eviva sempre essa , coragem.
Perfeito e louvável ! Texto claro e limpo, vendeu bem !!