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Ter e ser avó

Maria Lucia Di Giovanni (*)

Uma das mais distantes lembranças que tenho da infância é de minha avó com o ferro de passar aquecendo os lençóis para que eu pudesse me deitar na cama quentinha num inverno de noite gelada…   Isso foi lá pelo início dos anos 50 do século passado…

Sua lembrança me aquece até hoje!

Que amor é esse?

Ser avó não se explica…  Acontece…

Acontece com a força definidora da vida que recomeça mais uma vez e com as mesmas etapas.  A notícia da gravidez e de que, portanto, agora eu estaria no lugar da avó, a ansiedade do parto que de repente se desfaz com a notícia… nasceu!!! O cansaço, as inseguranças e aprendizagens dos primeiros meses…   vivendo e aprendendo de novo…  O lugar de mãe ganha nova dimensão e se refaz como um porto seguro.  O lugar de avó chega com a possibilidade da redescoberta no sorriso do neto.

A vida recomeça no momento em que já somos maduros o suficiente para identificar o tamanho da aventura que é a vida, a importância das emoções e dos amores que toda a família experimenta.

Olhar nos olhos do meu neto e identificar ali a força de um vínculo ímpar é um presente da vida. Dá quase para sentir de novo os lençóis quentinhos da minha avó!…

 

(*) Maria Lucia Di Giiovanni, educadora e cientista social

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Antônio Carlos Martinelli

Maria Lúcia, , mesmo sendo avô e sem minha parceira, a avó, há 25 anos, sinto orgulho de minha vovozidade e da troca afetiva com eles!

Marli Corrales Henriques
Marli Corrales Henriques
2 meses atrás
Responder a  Ideac

Se percebe que você é muito familia

Tatiana
Tatiana
2 meses atrás

Maria Lucia vc me trouxe lembranças deliciosas de ser avó, embora não ter tido avós. O texto entrou suave e carinhoso. Delicia!

Licia
Licia
2 meses atrás

Saudades da vó Olga e de você. Texto lindo .

Marli Corrales Henriques
Marli Corrales Henriques
2 meses atrás

Maria Lucia amei seu texto, da cama quentinha, do afeto que aquece.
Muito lindo
Parabéns

Cleide Martins
Cleide Martins
2 meses atrás

Muito gostosa sua lembrança! Quanto afeto no gesto de sua avó . Me levou a buscar as lembranças quentinha que guardo no coração .

Lucy de Araujo
Lucy de Araujo
2 meses atrás

Maria Lúcia, amei ler seu texto, me trouxe recordações remotas de minha avó parte a. Fazia uns bolinhos de araruta, fritos para tomar com café. Sinto até hoje o cheiro bom e o sabor inigualável dos charutinho. Parabéns amiga, não sou avó e aprecio as histórias das avós.

Jader Santos Andrade
Jader Santos Andrade
2 meses atrás

O Joaquim bem aproveita o calor que lhe aquece: colo amoroso da vovó ! Que bonito Maria Lúcia! Vida se perpetuando!

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