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Dicas para profissionais do envelhecer 1

A psicóloga Maria Celia de Abreu, coordenadora do Ideac, participou do Congresso Internacional de Envelhecimento Humano, desta vez na décima edição, em João Pessoa, para falar sobre o tema  “Saber sobre envelhecimento me faz ser um profissional melhor?” Maria Celia alertou sobre a necessidade de entender e refletir sobre os preconceitos contra o envelhecimento, principalmente para quem trabalha diretamente com os velhos. Nesta segunda (16) e nos próximos quatro dias os textos de sua palestra serão postados em nosso blog e face.

Estive no X CIEH!

Maria Celia de Abreu

Foi com muito entusiasmo que estive no X Congresso Internacional do Envelhecimento Humano (CIEH) em João Pessoa, a linda capital da Paraíba. Fiz uma palestra, assisti comunicações de outros profissionais, revi pessoas, conheci outras, aprendi, ensinei e tive ótimos momentos.

Tenho boas recordações de experiências anteriores no CIEH: em junho de 2019, em Campina Grande, fiz a palestra de abertura, chamada Lidar com o envelhecimento no século XXI; em outubro de 2021, em tempos de pandemia, dei on line um minicurso pré-congresso: Comunicação com velhos: como aprimorar a rede de cuidados; agora, outubro de 2023, me coube a palestra: Saber sobre o envelhecimento me faz ser um profissional melhor?

Agradeço a todos os envolvidos neste X CIEH, funcionários do hotel, motoristas dos traslados, e muitos outros, e em especial ao Professor dr. Manuel Freire, que me convidou, às muito atenciosas e competentes Bruna Carvalho e Priscila Silva, que me conduziram pacientemente pelo labirinto da logística complicada de aeroporto, hotel, requisitos para a apresentação, e que tais, e a Ana, coordenadora e apresentadora das palestras da sala 01, que consegue ser tanto eficiente como simpática e tranquila.

Mesmo tendo 79 anos de idade (o que implica em ligeiras limitações físicas, principalmente numa reserva de energia não muito grande), mesmo morando em São Paulo (o que implicou em acordar às três da manhã para poder estar num voo que saiu de Congonhas às seis, me levou até Brasília, onde troquei de avião, depois esperar por translado no aeroporto de João Pessoa durante uma hora, sem ter me alimentado, até chegar no hotel… peripécias que roubaram as forças físicas que eu tinha para comparecer à abertura…) não perdi o bom humor, e achei que valeu a pena.

Esse entusiasmo vem de um compromisso vital, de um ikigai (termo japonês que descreve a razão por que alguém levanta da cama todos os dias, ou seja, sua motivação para viver), de um plán de vida, ou que nome queiram dar. Resumindo, eu acredito que:

1ª.  É importante deixar um legado positivo para as gerações que virão depois de mim.

2ª. Um mundo sem ageismo é melhor para a humanidade. Nele, as pessoas terão melhor qualidade de vida.

3ª. Diminuir o ageismo está ao meu alcance.

Não estou delirando com idealismos fora da realidade! Eu sei que, para chegar a esse mundo sonhado, são necessárias modificações monumentais, que não acontecem da noite para o dia, que não estão a meu alcance… nem fazem parte de minha vocação; mas… sendo coerente com meu modo de ser, com minhas características de personalidade… dá para começar de pouquinho… uma pessoa por vez… e começando pelas mudanças internas… dentro de mim, depois dentro de outros…

Quem fez meus cursos on line (Conceitos, Preconceitos e Fatos e Sobre Erik Erikson, que podem ser encontrados no site www.ideac.com.br) sabe que gosto de usar o recurso didático de trazer questionamentos, para facilitar a quem me segue uma reflexão que relacione os conceitos com a sua vida, em outras palavras, facilitar uma aprendizagem significativa. Por isso, termino este pequeno texto, que fez parte da minha palestra no X CIEH, com um questionamento: por que você está aqui? o que leva você a ler este texto? a se interessar pelo assunto do envelhecimento? Qual o seu ikigai, seu plán de vida? No que você acredita?