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Conheça um universo de informações para um envelhecimento saudável.

Que falta faz um professor para pessoas mais velhas

Dra. Maria Celia de Abreu (*)

Existe coisa mais desagradável para alguém que se orienta pela ética, pela consideração ao próximo e pela busca da verdade, de repente se dar conta de que andou espalhando uma informação falsa entre seus contatos de whatsapp ou de e-mail? Já aconteceu comigo, e imagino que não é difícil que tenha acontecido com você que lê este texto. Se sim, você vai me entender: bate um desespero, porque o estrago está feito, não dá para consertar: não há como se ter controle retroativo sobre uma mensagem que foi publicada no mundo virtual.

Pessoalmente, até agora pelo menos, não caí em algum golpe cibernético: não transferi meu dinheiro para bandido acreditando que era um anjo do bem, não cliquei em link que apaga todos os dados do meu aparelho, não abri portar virtuais para ter todas as minhas informações roubadas – o que não quer dizer que esteja protegida de golpes…

Sei de vários conhecidos (de várias faixas de idade, aliás), que caíram nessas armadilhas como um pato desavisado, a despeito de serem pessoas instruídas, bem posicionadas social, financeira e academicamente, com acesso a informação, com honestidade no caráter e bondade no coração. É revoltante.

Nasci na década de 40. Fui aprender a lidar com computador nos anos 90, e com celular no século seguinte. É um aprendizado árduo, e ocorreu em grande parte por minha própria conta, na base do ensaio e erro, entre repentes de alegria e picos de irritação. Teria sido ótimo ter contado com uma autoridade, que me ensinasse a ficar alerta para notícias mentirosas e golpes cibernéticos.

Foi essa lacuna na minha formação, e tenho certeza que na trajetória da grande maioria das pessoas mais velhas, sem deixar de lado as mais novas, que me levou a acolher com grande entusiasmo o projeto “Quem manda no meu celular sou eu”, do designer gráfico Demetrius Mangialardo. Está composto por três módulos, cada um deles trazendo conhecimentos fundamentais para se fazer um bom uso do celular. Nós precisamos de quem nos guie e oriente, especialmente nós, as pessoas mais velhas. Queremos não ficar temerosos, queremos aproveitar em abundância o lado bom do universo virtual.

(*) Dra. Maria Celia de Abreu é psicóloga, coordenadora do ideac e autora do livro “Velhice, uma nova paisagem”, da Editora Ágora (Grupo Summus)

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